Conhecer a placa do Arduino que você vai usar é muito importante, pois evita que ela seja danificada e facilita o entendimento das montagens. Como foi dito na Aula 1, existem inúmeras plaquinhas que levam o nome do Arduino, mas, mesmo assim, dá para se ter uma visão geral das partes que sempre aparecem em todas elas. Dito isso, eu vou analisar o Arduino UNO que utiliza o microcontrolador ATmega328p.

Caso você deseje conhecer o software do Arduino, veja a aula anterior.

 

placa arduino
Fonte: Seven_au (Pixabay)

Pegando como referência a imagem acima:

1 – Pinos Digitais e PWM

Estão presentes em toda placa. Esse são os pinos que você pode controlar para mandar ou fazer leitura de sinal de nível alto (5v) ou sinal de nível baixo (GND). Há também os pinos de PWM – os que possuem um ~ na frente – que servem para criar uma modulação da tensão de saída (entenda o que é neste post).

No Arduino UNO existem 20, sendo que 14 são os que estão numerados de 0 a 13 e os outros 6 são os analógicos (quando atuam como saída). A corrente máxima desses pinos é de 20mA isso implica em não pode ligar quase nada diretamente. Um LED por exemplo consome 20mA em médio com o brilho máximo.

Obs: Os pinos 0 e 1 são usados para comunicação serial (comando Serial). Portanto, se você estiver usando a comunicação serial, evite de usar esses dois pinos, pois poderão haver erros.

2 – Pinos Analógicos

Também estão presentes em toda placa. Esses pinos servem para leitura de valores analógicos, ou seja, ler valores entre 0 e 5v. Eles podem atuar como saída também, porém o sinal de saída só pode ser nível alto (5v) ou baixo (GND).

No UNO, existem 6, numerados de A0 à A5.

3 – Pinos de Alimentação

São os pinos que você usa para alimentar seus projetos. 5v, 3.3v e o GND que se repete 3 vezes na placa. O pino Vin apresenta a mesma tensão da fonte que alimenta o Arduino (se for o computador, será também 5v). Há o pino RESET que tem a mesma função do botão (5): resetar o microcontrolador. E o IOREF disponibiliza a tensão que o microcontrolador opera, que nesse caso é 5v.

4 – Conector USB

É a parte que você usa para ligar a placa ao computador.

5 – Botão Reset

Esse botão reseta o microcontrolador. Sendo assim, ele reinicia todo o programa.

6 – LED BUILT IN

Esse LED possui a letra L ao lado e é possível controlá-lo pelo pino 13. Esse LED está presente em vários modelos e pode ser referenciado também como LED_BUILTIN (Algo como “Led embutido”).

7 – Alimentação Externa

Esse conector serve para alimentar o Arduino com uma fonte externa, seja de uma bateria ou de um carregador. A tensão recomendada é de 7-12V para o UNO.

 

Há também outras informações importantes da placa como:

  • A memória flash, que é a memória que armazena os códigos. O UNO possui 32Kb que é uma quantidade bem grande para programas simples.
  • A velocidade do clock, que é o quão rápido as informações são processadas pela placa. O UNO possui um clock de 16MHz. Novamente, para programas simples, é muito mais do que o necessário, pois pense que isso equivale a 62,5 nano segundos.
  • EEPROM que é a memória onde você pode armazenas dados sem perde-los quando o Arduino desligar. O UNO possui 1Kb.
  • SRAM que é a memoria onde as variáveis do programa são criadas e manipuladas. O UNO possui 2Kb.

Apesar de parecer ser muita coisa, fica mais tranquilo de conhecer a medida que você monta projetos. E é muito importante conhecer as especificações da placa do Arduino que você está utilizando para não ligar coisa errada e jogar o dinheiro gasto no lixo.

 

Aprenda a controlar LEDs c/ o Arduino – Aula 3 – AI